Os bioplásticos são uma das possíveis alternativas aos polímeros de origem fóssil. Os bioplásticos têm várias vantagens sobre os plásticos tradicionais, incluindo baixa pegada de carbono, eficiência energética, biodegradabilidade e versatilidade. Apesar de apresentarem inúmeras vantagens e de estarem a revolucionar muitos campos de aplicação, têm também vários pontos fracos, como a fragilidade, a elevada absorção de água, a baixa capacidade de cristalização e a baixa temperatura de degradação térmica, o que pode limitar e impedir a sua utilização em muitas aplicações.
No entanto, reforços e plastificantes podem ser adicionados como forma de ultrapassar tais limitações. Os materiais bioplásticos ainda não são estudados em profundidade, mas é com grande optimismo que se constata o aumento da sua utilização industrial e na evolução de mercado, o que pode ser um motor positivo para a realização de mais investigação neste domínio.
Os investimentos nacionais e internacionais na indústria dos bioplásticos podem também promover a transição ecológica. Um dos seus maiores problemas é a gestão dos resíduos; ainda não existe um processo de separação para reciclar os bioplásticos não biodegradáveis e estes são considerados contaminantes quando misturados com outros polímeros.
Alguns materiais utilizam aditivos e o seu impacto sobre os microplásticos que deixam após a sua desagregação é objecto de debate. Por esta razão, é importante considerar a análise do seu ciclo de vida e avaliar a sua viabilidade ambiental. Trata-se de materiais susceptíveis de serem transformados de várias maneiras, incluindo os processos convencionais utilizados para os produtos petroquímicos. Estes incluem a moldação por injecção e a extrusão, bem como o fabrico aditivo. Este facto e a possibilidade de utilizar estes materiais em diversas aplicações é um dos seus maiores pontos fortes. Todos estes aspectos serão discutidos nesta revisão.